O juiz federal Sergio Moro
Moro sentenciou Lula em julho de 2017, no âmbito da operação Lava Jato, por ter recebido um apartamento da construtora OAS. O ex-presidente nega ser o dono do imóvel.
Em janeiro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, julgou o recurso apresentado pelos advogados de defesa de Lula e aumentou de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês a pena de prisão.
Lula também teve negado, na última quarta-feira (4), o habeas corpus solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para poder recorrer em liberdade aos tribunais superiores. Após a decisão do STF, Moro ordenou, nesta quinta-feira, a prisão e definiu que:
* Lula tem tempo de apresentar-se "voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba até as 17 horas" de sexta-feira.
* Está "vedada a utilização de algema em qualquer hipótese".
* Foi "previamente preparada uma sala reservada" para o ex-presidente na sede da Polícia Federal em Curitiba.
* Lula ficará "separado dos demais presos, sem qualquer risco para sua integridade moral ou física".
* Embora ainda restem os últimos recursos formais ao TRF 4, esses instrumentos são considerados por Moro uma "patologia protelatória" do sistema judicial, que "não alteram julgados" já emitidos.