Câncer nos ovários: doença silenciosa
“Isso ocorre pelo fato da doença ser assintomática [sem sintomas] ou apresentar sintomas discretos na sua fase inicial. Infelizmente, essa doença apresenta menor chance de cura nesse estágio avançado. O câncer de ovário pode se manifestar em mulheres de qualquer faixa etária, mas cerca de 85% dos casos ocorrem naquelas acima dos 50 anos”, destaca o cirurgião geral e oncológico Carlos Antonello.
Avaliação
O médico ainda destaca a necessidade de uma avaliação apurada da saúde da mulher. “Outro problema que temos com essa neoplasia é que inexiste, até o momento, o benefício de realizarmos rastreamento populacional, a partir de determinada idade, isto é, não temos um exame, que deva ser pedido a partir de certa idade. A investigação deve ser individualizada para cada paciente”, ressalta.
Sintomas
Como é uma doença silenciosa, inicialmente não apresenta sintomas específicos. Porém, a medida que o tumor cresce, o cirurgião explica que podem aparecer manifestações como inchaço ou aumento do volume abdominal; dor pélvica ou abdominal; dificuldade para comer ou sensação rápida de saciedade; alterações urinárias e problemas intestinais. “Esses sintomas nem sempre significam tumores de ovário, mas, se persistirem por mais de duas semanas seguidas, é indicado procurar o médico de sua confiança para realizar o diagnóstico. Exames de imagem como a ecografia transvaginal podem auxiliar na descoberta da doença, mostrando lesões ovarianas suspeitas”, explica Antonello. No entanto, ele reforça a importância da mulher ficar sempre em alerta, pois o exame papanicolau, conhecido também como pré-câncer, não detecta essa doença.
Tratamento
O tratamento do câncer no ovário depende do estágio e a situação clínica da paciente. Se detectada no início, é possível realizá-lo por meio de cirurgia minimamente invasiva. Porém, em casos mais avançados, é preciso cirurgia oncológica associada à quimioterapia. “É importante levar em consideração fatores de risco que aumentam a incidência da doença, como história familiar de câncer de mama ou ovário, endometriose, tabagismo, infertilidade, síndrome de ovário policístico. Além disso, mulheres nuliparas (que não tiveram uma gestação) apresentam maior risco de desenvolver a doença e devem ter um cuidado especial”, lembra.
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