Como é bom reclamar do poder público. Das ruas esburacadas, do atendimento nas unidades de saúde, da sujeira das ruas. Vou me focar agora neste último item, o da sujeira. Temos, em Novo Hamburgo, um parque municipal, nosso querido Parcão. Local amplo, com estrutura para receber visitantes e trilhas para caminhadas. Agora está sendo cercado, o que dará mais segurança aos frequentadores e, por consequência, aos moradores do entorno.
Tenho o hábito de caminhar por ali e me incomoda o lixo que é largado ao longo da Rua Barão de Santo Ângelo. Como o cercamento avança, domingo, depois de tanto minha esposa Angelita sugerir, decidimos arregaçar as mangas. Sacos, ganchos, luvas e, em pouco mais de uma hora e cerca de 700 metros percorridos, recolhemos tanto lixo que encheu a carroceria de uma caminhoneta.
Era para ser uma ação silenciosa, mas é impossível calar diante do que vi (e recolhi). Até sobra da troca de redes de telefonia jaziam entre as árvores, isso a dois, três metros da calçada. E aí eu pergunto: quem colocou este lixo todo ali, num espaço que foi criado justamente para ser de preservação?
Este mesmo cidadão que reclama de tudo, muitas vezes, é o responsável por este descaso. É preciso exercitar a consciência. Fazer a sua parte. Não precisa fazer como nós, ir lá recolher o que foi jogado, para parecer que está se exibindo. Basta não jogar o lixo na rua.