Apelidos são como chiclete: quando caem na boca do povo, não tem mais jeito, grudam mesmo. Foi assim com a 9a geração do Toyota Corolla, em 2003, conhecida como "Corolla Brad Pitt" porque tinha como garoto-propaganda o ator de Hollywood. Agora, o escolhido da vez é o Corolla Cross. Lançado em março passado, já é chamado carinhosamente pelo povo de "Corollão". E a pergunta que está na ponta da língua de todo mundo é a seguinte: como anda o novo modelo da Toyota?
O exemplar enviado pela montadora, o topo de linha XRX híbrido, custa R$ 179,9 mil. Usando o mesmo powertrain disponível no sedã, o Cross é construído sobre a plataforma GA-C, baseada na filosofia TNGA, a mesma do Corolla sedã, do Prius e do crossover Lexus UX250h. Então, as semelhanças mecânicas são muitas.
Já as diferenças começam pelo design - moderno e com personalidade própria - e seguem na altura da carroceria, que tem 12 cm extras em relação ao sedã. Em função disso, a Engenharia realizou reforços estruturais - para proporcionar maior rigidez torcional - e de isolamento acústico. Modelo tem suspensão traseira do tipo eixo de torção, que é competente, mas um carro nesta faixa de preço merece um sistema multilink, como no sedã.
Descrição da foto: Interior do SUV é basicamente o mesmo do sedã
O interior é idêntico ao do sedã, trazendo boa ergonomia e ótimos acabamentos. As Tecnologias semiautônomas do Toyota Safety Sense aumentam a segurança e são fáceis de usar, contando com Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC), sistema Pré-Colisão Frontal (PCS), que detecta também pedestres e ciclistas, e Assistência de Permanência de Faixa (LTA), com função de Alerta de Mudança de Faixa (LDA).
O exemplar testado estava abastecido com álcool, que combina com a proposta ambientalmente amigável do carro. Só não é nada amigável ao bolso, principalmente do motorista gaúcho, já que o etanol custa mais de 6 reais o litro, quase o mesmo da gasolina. Sem contar a menor autonomia. Já aos 321 km rodados acendeu a luz da reserva e, 20 km depois, o ponteiro alcançava o final da marcação. Com álcool, a média geral apontada pelo computador de bordo foi de 11,7 km/l. Após abastecer com gasolina, subiu para 13,1 km/l.
Freios ajudam a renegerar a bateria híbrida de níquel-hidreto metálico, que é responsável por alimentar o motor elétrico e está localizada embaixo do banco traseiro.
Descrição da foto: Um carro deste porte e preço, porém, merece um sistema de freios elétrico no lugar do arcaico freio de pé
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