Comer em grandes quantidades, muito rápido e até escondido - mesmo que sem fome. Essas são algumas das situações que indicam que uma pessoa sofre de compulsão alimentar.
"Essa diferenciação é importante porque esse sintoma tem critérios de diagnósticos bem estabelecidos", acrescenta o especialista.
Walid conta que existe um limite entre a fome e a vontade de comer e sentir fome é uma necessidade básica, já que o corpo precisa obter energia para se manter em funcionamento a partir da alimentação.
O que acontece é que esse ato tão natural pode, por alguma razão, ficar desregulado - e é aí que mora o perigo. "Quando o episódio se conclui com a sensação de fracasso, de remorso, incapacidade e descontrole gera um ciclo muito ruim que pode acabar no abalo emocional que é quando termina o episódio da compulsão e a ansiedade não diminuiu com o alimento", exemplifica.
Geralmente os quadros compulsivos estão associados a eventos do passado com repercussão emocional, muitas vezes diagnosticados somente durante uma sessão de terapia ou consulta médica.
O médico fala que é importante levar em consideração se o descontrole acontecer mais de uma vez por semana em um intervalo de três meses. São eles:
- Comer mais rapidamente do que o normal;
- Comer até sentir-se desconfortavelmente cheio;
- Ganho de peso;
- Ingestão de grandes quantidades de alimentos sem sensação de fome;
- Comer sozinho por vergonha devido à quantidade de alimentos que consome;
- Sentir repulsa por si mesmo, depressão ou culpa demasiada após comer.
Se a vontade de comer só aparece em um dia de ócio, ou quando se depara com uma comida diferente ou se a ingesta é maior em um evento social com grande oferta de alimentos, isso não configura a compulsão. Mas é importante manter o controle mesmo em situações pontuais.
"Saber dosar o consumo pode se tornar um bom hábito, já que se há um equilíbrio na quantidade, o cérebro entende e supre a necessidade momentânea de um doce ou de um hambúrguer, por exemplo, e daí o vício não aparece. Assim, uma dieta torna-se rotina e nada fica ao extremo: nem o consumo, nem a abstinência", finaliza o especialista.
Mais praticidade no seu dia a dia: clique aqui para receber gratuitamente notícias diretamente em seu e-mail!