Autoridades internacionais investigam o aumento de casos de hepatite aguda de origem desconhecida em crianças e jovens de até 16 anos. Relatadas inicialmente no Reino Unido até 8 de abril - onde ainda se concentram mais de cem casos - as notificações já atingem outros países da Europa, além dos Estados Unidos e Israel.
Até sexta-feira (21), eram pelo menos 169 casos em ao menos 13 países, segundo o último boletim divulgado no sábado (22) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Pelo menos uma morte foi relatada, porém, não há detalhes sobre o histórico da vítima.
Até o momento, 17 crianças necessitam de transplante de fígado. Conforme a OMS, a hepatite é uma inflamação que atinge o órgão, causada por uma variedade de vírus infecciosos (hepatite viral) e agentes não infecciosos. A infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais.
Os vírus comuns que causam hepatite aguda (vírus da hepatite A, B, C, D e E) não foram detectados em nenhum desses casos.
Embora a síndrome atinja pacientes de até 16 anos de idade, a maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos. O quadro das crianças europeias é de infecção aguda. Muitos apresentam icterícia, que, por vezes, é precedida por sintomas gastrointestinais - incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos -, principalmente em pequenos de até 10 anos. A maioria dos casos não apresentou febre.