O projeto nasceu em meio à pandemia e teve o foco em auxiliar estudantes que se preparavam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas logo se estendeu para diferentes níveis de ensino e estados do País. Com 10 mil estudantes cadastrados, a iniciativa já beneficiou 550 famílias.
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Com a expansão do projeto, a equipe de Sarah Andrade, então participante do Big Brother Brasil (BBB 21), tomou conhecimento da ação e teve a ideia de divulgá-la no perfil da participante no Instagram, que acumula mais de 7,3 milhões de seguidores. “No dia 23 de março, a assessoria da Sarah entrou em contato com a gente via direct no Instagram e depois nos ligaram e explicaram que, em função dela ter falado algumas bobagens em relação à pandemia, tendo reações negacionistas, pensaram em divulgar trabalhos sociais, como forma de pedir desculpas à população e divulgar informações úteis, e que assim chegaram até a gente”, conta Manoella.
Sem acompanhar o BBB, o casal se informou sobre a popularidade de Sarah e também sobre a rejeição que enfrentava por frases que contemporizavam e até menosprezavam a pandemia. “Sabíamos dos riscos, só que queríamos testar o alcance que uma influencer com mais de 7 milhões de seguidores poderia ter em prol do projeto”, conta Manoella.
E foi aí que a expectativa pela solidariedade foi sucumbida pela triste realidade do ódio nas redes sociais. Com a rejeição de Sarah aumentando, o perfil do projeto foi alvo de críticas e até xingamentos de espectadores do BBB, mesmo com o casal pedindo e a equipe de Sarah deixando claro na publicação que o Plug não compactuava com as falas da BBB relacionadas à pandemia. “Tá parecendo que querem comprar votos" e "Estão rindo da cara dos mortos em troca de computadores" são alguns dos mais de 3,7 mil comentários que constam na publicação no perfil de Sarah. “Foi bem difícil a compreensão das pessoas”, admite Manoella.
Além disso, Manoella e Álisson receberam ofensas pessoais em seus perfis. “A ideia era atingir um público diferente dos jornais, atingindo mais pessoas que pudessem doar ou estariam precisando de computador. Imaginávamos que haveria riscos, mas não sabíamos que as pessoas seriam tão agressivas e sem educação, sendo que é um trabalho que agente faz de forma voluntária, pensando no social e na educação do país”, lamenta Manoella. “Tive que bloquear meu perfil no Instagram por causa dos ataques”, conta.
E, infelizmente, a solidariedade não acompanhou o ritmo do ódio nas redes sociais. Depois da publicação, o projeto conseguiu três doações e 30 reais. “Caiu por terra a questão imagem mágica de influencer", avalia Manoella.
Para se cadastrar para receber equipamentos como notebook, computador e tablet, ou realizar doações, você pode acessar o site plugdoacoes.com.br e acompanhar o perfil do projeto no Instagram: @plugdoacoes
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