Relações comerciais
Neste contexto, Van Hattem acredita ser necessário construir diálogo com Fernández. Afinal, as exportações brasileiras têm no mercado argentino um de seus principais compradores dos produtos fabricados por aqui. Além disso, o segmento calçadista é mais um que acompanha com atenção os próximos movimentos do presidente eleito, que já trabalha na transição com o atual mandatário, Maurício Macri. Um dos temores é a imposição de taxas a produtos nacionais. "A situação não pode se repetir ou se agravar com o novo presidente", lembra, ao citar o governo da ex-presidente Cristina Kirchner, que será vice na próxima gestão.
A respeito do protecionismo, tradicional bandeira entre os peronistas, o deputado espera que não interfira nas relações comerciais entre os dois países. "Se fechar no mundo atual é cada vez pior", analisa.
Este montante, ao todo, movimentou mais de 77,14 milhões de dólares ao longo desses nove meses.
Os argentinos seguem ocupando o posto de segundo principal destino internacional do calçado brasileiro.
Conforme o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de
Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI), Marcelo Lauxen Kehl, empresários com negócios na Argentina acompanham atentamente a movimentação política e administrativa no país vizinho. Apenas no avançar do período de transição entre Fernández e Macri será possível identificar o cenário futuro. "Durante as eleições prévias, vários empresários conversaram, inclusive na semana passada, que os negócios estavam menores e de que o planejamento era de reduzir no próximo ano. Imaginam queda de 40% nas encomendas e tentavam redirecionar a outros mercados", diz.
Presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira alega receio à volta de barreiras comerciais, como registraram durante o governo de Cristina Kirchner, agora vice-presidente eleita.
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