O relatório final da CPI da Covid-19 pode indiciar 34 pessoas. A estimativa foi feita pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) durante entrevista na manhã desta segunda-feira (4) ao programa Redação 103, sob comando de Guilherme Trescastro.
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Nos próximos dias, os senadores pretendem ouvir ainda os médicos da Prevent Senior. "Já temos dados consistentes para que as investigações possam prosseguir e para que as pessoas paguem por possíveis crimes", disse Aziz durante a entrevista referindo-se ao depoimento da advogada da Prevent, Bruna Morato, que revelou na última semana detalhes de como se dava o tratamento para pacientes com Covid-19 na operadora de saúde. Morato afirmou, entre outros pontos, que os médicos utilizavam o chamado tratamento precoce, mas tinham medo de levar denúncias contra a operadora de saúde a conselhos.
Citando, as correspondências não respondidas à fabricante Pfizer, o chamado "Gabinete Paralelo" e o tratamento precoce, Aziz reiterou que a CPI conseguiu "mostrar ao Brasil como foi conduzida essa pandemia".
O senador, afirmou ainda que sabe que a CPI não vai trazer de volta nenhuma vida, mas que "cabe a nós, brasileiros, lutar para que isso não seja engavetado".
O País se aproxima das 600 mil vidas perdidas desde o início da doença. Somente no Rio Grande do Sul são 34.911 mortes desde o ano passado, segundo o último boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
Questionado sobre as manifestações que ocorreram no último sábado (2) em todo o Brasil contra o governo Bolsonaro, o ministro foi enfático em citar a Constituição e a liberdade de manifestação por parte dos brasileiros.
"Toda a manifestação democrática terá o meu apoio. Nada é melhor do que a democracia, não foi inventado um regime melhor que a democracia", apontou durante o programa.
Pelo menos 14 capitais e cidades do interior realizaram atos contra o aumento no preço dos combustíveis, dos alimentos e do gás de cozinha.