Conforme a titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), Isadora Galian, que investiga o caso, a homologação do seu pedido pela prisão do caminhoneiro ocorreu por volta de 16h30 desta quarta-feira (7). Ela destaca que, na terça-feira, a equipe da Polícia Civil trabalhou até a meia-noite no caso. “O Ministério Público emitiu um parecer ministerial favorável ao meu pedido e agora ao final da tarde a juíza plantonista aceitou o pedido”, destaca.
A delegada comenta que o caminhoneiro foi encaminhado ao presídio de Sapucaia do Sul já na terça-feira e que havia a ameaça de uma manifestação de motoristas de aplicativo em frente à delegacia onde o homem esteve. O caso gerou comoção e revolta em todo o Estado.
Segundo a delegada, informações preliminares da perícia apontam que Otávio sofreu fraturas na parte traseira do crânio e nos dois braços, além de escoriações devido ao arrastamento da vítima. Conforme relato de uma testemunha, que estaria em um veículo próximo, a vítima, que teria uma perna mecânica, foi arrastada pelos braços antes de perder o equilíbrio e cair na rodovia, onde foi atropelada pelo caminhão.
O motorista de aplicativos Otávio Frota Júnior, de 46 anos, esperava na alça de retorno da RS-240, em São Leopoldo, na altura do quilômetro 4, no bairro Scharlau, quando teve a traseira do automóvel Etios colidida por um caminhão, na manhã desta terça-feira (6).
Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), Frotinha teria descido do veículo, subindo na porta do caminhão. O motorista do caminhão teria feito um movimento brusco, causando a queda da vítima, que acabou sendo atropelada e morreu no local. Além de motorista de aplicativo, Frota trabalhava, também, como produtor musical. O caminhoneiro envolvido na discussão, um homem de 30 anos, acabou preso em flagrante por homicídio doloso.