Um adolescente de 17 anos morador de Lindolfo Collor é suspeito de torturar e matar um cachorro durante uma transmissão ao vivo pela Internet. A live foi feita na noite da véspera de Natal (24) por meio de um aplicativo de celular. Segundo a Polícia Civil, o jovem bateu, estrangulou e esquartejou o animal no box de um banheiro na casa da mãe. A cena foi acompanhada por aproximadamente 30 pessoas, que incentivavam as torturas.
O jovem, que mora com o pai, usou uma peça nos fundos da casa da mãe para fazer a transmissão ao vivo e, a princípio, estaria sozinho no banheiro – o que ainda será confirmado. "Foi na casa da mãe. Ela não sabia de nada. Na verdade, esse banheiro é no pátio, fora da residência. A mãe realmente não ouviu porque esse local fica bem para fora da residência", detalha Peixoto.
O pai do adolescente relatou à Polícia que o filho teria depressão e que a família já teria tentado interná-lo em uma clínica, sem sucesso. A delegada ainda apura a condição de saúde mental do suspeito, que será ouvido de forma oficial.
"Informalmente, nós já ouvimos a mãe. Mas como envolve adolescente, a gente tem que remeter tudo para o Ministério Público, então, faltam algumas diligências para finalizar o procedimento."
O nome do adolescente não é divulgado, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adoslecente.
Polícia não descarta suposto desafio
O aplicativo utilizado para transmitir as imagens ao vivo foi o Discord, uma plataforma criada inicialmente para permitir a comunicação entre gamers, enquanto jogam on-line. O software possibilita a troca de mensagens por texto, áudio e vídeo, e tem a opção de salas de bate-papo privadas. (Leia abaixo posicionamento do app).
"É um aplicativo de celular, normalmente de reuniões. Entram pessoas que têm um link. A gente está investigando essa possibilidade de ele estar participando de uma rede de lives para esses desafios, pode ser algo maior", adianta a delegada.
Quanto às pessoas que assistiam à live e incentivavam as agressões, a responsabilização não é descartada. "Vamos tentar identificá-las e ver o grau de participação de cada uma delas", conclui Peixoto.
ATENÇÃO! IMAGEM FORTE:
“O Discord tem uma política de tolerância zero contra o compartilhamento de imagens de crueldade contra animais. Quando nos deparamos com tal atividade, tomamos medidas imediatas, incluindo banir usuários e desligar servidores, e nos envolver com as autoridades policiais quando apropriado.”