Além da venda à beira da estrada, pelo menos duas cidades da região, Parobé e Taquara, promovem feiras para comercializar a melancia. A colheita começou em dezembro e deve seguir até fevereiro. Ao contrário das roças de milho, que foram castigadas pela estiagem e as perdas já chegam em 30% em algumas regiões, a melancia ainda tem conseguido escapar. Isso porque muitos produtores fizeram dois plantios, com períodos diferentes de semeadura.
Sendo assim, as frutas plantadas primeiro estão saborosas e bem desenvolvidas, já sendo vendidas aos consumidores. Já a lavoura do plantio tardio não tem apresentado bom desenvolvimento pela falta de chuva, com frutas pequenas.
A esperança está na chuva que caiu na semana passada, como explica a produtora Maria Inês da Silveira, 61 anos. Ela planta na localidade de Morro do Meio, em Taquara. "A gente já teve uns 30% de perda. A chuva deixou a roça verdinha. Vamos ver se a outra melancia se desenvolve bem", comenta. Segundo ela, no próximo ano a família deve investir em irrigação para não sofrer com a estiagem.
Flávia Cruz, 56, da localidade de Santa Bárbara, conta que a roça de melancia, apesar de ter conseguido uma colheita satisfatória, sofreu bastante. No entanto, o milho é a cultura que ficou mais prejudicada, sendo transformada em silagem para evitar perdas maiores.