Antigamente para pesquisar por uma loja ou mesmo pedir uma pizza as pessoas buscavam o contato na lista telefônica. Hoje, basta acessar aplicativos, redes sociais ou salvar o contato no WhatsApp. Cardápios de restaurante, produtos de moda, beleza. Tudo está ao alcance das mãos. E, claro, o mercado acompanhou toda essa mudança. Para se destacar não basta ter um espaço físico aconchegante e bonito, é preciso estar on-line. É o que mostra estudo feito pela Totvs, que aponta que 94% dos varejistas têm pelo menos um canal de vendas digital.
Na Florinda's Doceria e Café, no bairro Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo, o contato com o cliente e as vendas ocorrem também por diferentes ferramentas digitais, entre elas o Instagram. "A pandemia acelerou alguns processos e o acesso às informações. Criamos mais canais de comunicação com os clientes e estamos dando mais atenção às redes sociais. Através delas, e dos cardápios digitais e aplicativos de entrega, chegam mais clientes nas nossas lojas físicas", comenta a empresária Gabriela Borba Vieira Furtado, que comanda a unidade de Novo Hamburgo e outras três em São Leopoldo ao lado do marido, o empresário Rafael Furtado.
Investimento
A empresa, que tem como tema a Vila do Chaves, apostou em consultorias e cursos on-line para conhecer e aplicar novos métodos e soluções digitais. "Estamos também construindo um site e ele concentrará também nossas redes e terá o cardápio de todas as nossas lojas", adianta Gabriela que também já prevê aumento na equipe. "Neste mês estamos aumentando a equipe administrativa e de atendimento para dar conta destes novos canais cada vez mais procurados pelos nossos clientes", afirma.
Integração com físico
O ambiente físico também tem relevância para a marca. Ainda segundo Gabriela, a ideia é manter as unidades e ampliar os canais nas redes sociais. "Temos um ambiente 'instagramável', isso também chama a atenção", ressalta a empresária.
A estilista e proprietária da Die Liebe Trajes Típicos Bruna de Leão fez o caminho inverso. Ela começou os negócios da loja, que fica no bairro Viaduto, em Igrejinha, primeiro na Internet. "Desde o começo os canais digitais são minha vitrine. É essencial mantê-los ativos e estar presente diariamente, mesmo em dias sem atendimentos presencial. As pessoas tiram suas primeiras dúvidas nas redes sociais, conhecem o trabalho e então quando vêm visitar o atelier já estão decididas a comprar", comenta.
Na pandemia Bruna reforçou o atendimento on-line e também precisou diversificar os produtos, já que seu carro-chefe é o traje típico. "Na pandemia tive que fazer outros tipos de roupas e tudo foi sendo divulgado nas redes. Acabei conquistando um novo público. Sempre posto detalhes do dia a dia, da confecção das peças."
A empresa atua pelas redes sociais, WhatsApp e também pelo Mercado Livre. "Usamos o on-line também para fazer a venda, inclusive peças sob medida. Pegamos as informações com a cliente e montamos as peças. Acredito que vamos continuar na mesma essência que começamos, unindo o digital com o físico", afirma a estilista.