Na tarde desta quinta-feira (18), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que não fez nenhum pedido ao governador de São Paulo, João Doria, para adiar o começo da vacinação contra a Covid-19 em janeiro.
Ainda de acordo com Leite, “naquele momento havia remarcações, calendários mudando a todo instante e impasse sobre a aquisição da Coronavac no Brasil”. Ele também disse que a conversa nada mais foi que “um esforço de conciliação política para a vacinação no Brasil”.
“De um lado o uso excessivo da vacina politicamente e de outro negacionismo”, afirmou o governador gaúcho, que disse estar preocupado com o surgimento de novo impasse, conversou com Dória, que de imediato negou adiar a vacinação. “Eu dei razão a ele, para que desse início daquela forma, e ali se esgotou o assunto”, completou Leite.
Pré-candidato à concorrer a eleições de 2022 pelo PSDB, o tucano disse que setores da esquerda e também seus opositores internos se beneficiaram de fake news sobre a conversa com o governador paulista, que também disputa as prévias do partido neste final de semana.
Confiante, Leite afirmou que consultorias apontam a sua vitória nas prévias tucanas e que os dados mostram que ele é o candidato quem com maior possibilidade de crescimento sendo a terceira via do pleito do ano que vem, como alternativa para que o ex-presidente Lula não seja eleito ou que Bolsonaro não se reeleja.
Leite disse ainda que o Rio Grande do Sul sempre esteve entre os três estados que mais aplicaram vacinas e lembrou que até promoveu premiação aos municípios para incentivar o aumento de aplicações do imunizastes. Sobre o assunto envolvendo a ligação com Dória, ele afirmou que é “uso eleitoral politico é indevido. Novamente é injusto, é imoral, é oportunista, é mesquinho”.
Reforçando que em nenhum momento pediu o adiamento da vacinação, o Leite afirmou que “passando por cima de tudo para ganhar votos não é o caminhos que devemos adotar”, se referindo as prévias do PSDB e também às eleições de 2022.
O governador disse que após as prévias tucanas, o caminho que seguirá será do diálogo, alinhando ideias que beneficiem o país. “Minha história e minha biografia são maiores que essa tentativa de distorção”, finalizou.