Pela quarta vez nos últimos quatro meses, o perímetro onde está localizada a Casa do Imigrante – local histórico que recebeu os primeiros imigrantes alemães que chegaram a São Leopoldo, em 1824 – foi invadido e materiais furtados da área. A última ação aconteceu na madrugada de domingo (7) para esta segunda-feira (8). Desta vez, a cerca do lado Sul do terreno, que fica na Avenida Feitoria, no bairro de mesmo nome, foi levada pelos criminosos.
Conforme o presidente do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo (MHVSL), Cássio Tagliari, a primeira ação ocorreu em agosto, quando 42 metros de cerca nova, entre a área da Casa do Imigrante e o terreno à direita, foram levados. No início de outubro, três holofotes e fiação elétrica foram furtados.
Na semana passada, também na madrugada de domingo para segunda-feira (1º), foi a vez da cerca adicional do lado Leste, que ficava em volta da Casa apenas. E, agora, o episódio de ontem.
Juntando as quatro invasões ao local, Tagliari estima que o prejuízo já chegue próximo dos R$ 20 mil. “Tínhamos investido R$ 30 mil no início do ano, deixando zeradas as cercas e iluminando tudo. Por mês, estamos pagando R$ 550 só de conta de luz lá, já que temos mais de 1.500W de holofotes, justamente para coibir roubos. E pagamos a segurança privada mensalmente também para fazer rondas lá dentro. Eles entram sempre e circulam por todo o perímetro, por isso que conseguem identificar logo que ocorre o evento e nos avisar”, ponderou o presidente.
A ideia agora é tentar uma nova forma de conter a ação dos criminosos. “Estamos juntando dinheiro para a construção de um muro na divisa com o terreno, já que a cerca nova, de 2,5 metros de altura, foi completamente roubada”, contou, mencionando tratativas com o proprietário do terreno para tentar dividir os custos de construção do muro.
Tagliari também avalia que seria fundamental o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) com ações intensificadas no ponto, especialmente na saída para as avenidas Feitoria e Imperatriz.
Questionada, a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Comunitária (Semusp) foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento da matéria não havia dado retorno sobre a situação.